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VLI capta R$ 1 bilhão para modernizar Ferrovia Centro-Atlântica
Investimento reforça compromisso com melhorias na malha ferroviária, conectividade logística e desenvolvimento econômico.
A VLI, empresa especializada em soluções logísticas que opera ferrovias, portos e terminais, captou R$ 1 bilhão em debêntures para investimentos na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). Os recursos serão direcionados à modernização da via permanente, construção e modernização de pátios e melhorias no material rodante, em preparação para a renovação antecipada da concessão, prevista para 2026.
Desde sua criação, em 2011, a VLI já investiu mais de R$ 14 bilhões, em valores corrigidos, na FCA. Segundo Fábio Marchiori, CEO da VLI, os aportes superam em 100% o caixa gerado pela concessão, sendo viabilizados por capital adicional da empresa. A FCA também já transferiu R$ 17,5 bilhões aos cofres públicos desde sua privatização, em 1996, contribuindo para o desenvolvimento de outras infraestruturas logísticas.
A emissão das debêntures foi coordenada pelo BTG Pactual, BNDES e ABC Brasil, com o BNDES subscrevendo metade do valor na tranche de longo prazo. O projeto habilitado pelo Ministério dos Transportes está avaliado em R$ 3,9 bilhões.
Os investimentos contemplam a construção de sete novos pátios ferroviários nos Corredores Sudeste e Leste, essenciais para melhorar a eficiência da operação. Cerca de R$ 600 milhões serão destinados à manutenção de trilhos e dormentes, enquanto R$ 100 milhões serão aplicados na substituição de mais de 6 mil rodeiros de vagões.
A renovação da concessão da FCA está em análise e poderá trazer uma nova onda de investimentos, incluindo a aquisição de vagões e locomotivas e obras para solucionar conflitos urbanos. A proposta da VLI foi ajustada após audiências públicas em 2024, considerando demandas de diversos stakeholders.
Fábio Marchiori reforça que a FCA é uma operação deficitária isoladamente, mas sustentável graças à sinergia com o ecossistema da VLI. “Nossa proposta visa equilibrar o negócio, viabilizando investimentos bilionários, geração de empregos e sustentabilidade operacional”, conclui o CEO.
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