Transporte rodoviário e metas climáticas em debate na COP29

Setor enfrenta desafios para avançar na transição energética e cumprir metas globais de redução de emissões.

O transporte rodoviário de cargas, essencial para a economia brasileira, está sob pressão para se alinhar às metas globais de redução de emissões, conforme debatido na COP29. Apesar de avanços, como o uso crescente de biodiesel e veículos elétricos, ainda há barreiras para sua ampla viabilidade, destacaram representantes do setor durante o evento.

Dados do Balanço Energético Nacional (BEN) 2024, divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME), apontam que a energia renovável alcançou 22,5% no setor de transportes em 2023. No entanto, a transição energética requer uma abordagem coletiva que integre governo, setor privado e instituições financeiras.

Segundo Gislaine Zorzin, diretora administrativa da Zorzin Logística, a transição energética no transporte é estratégica, especialmente para o segmento de produtos químicos e perigosos. “Adotar práticas sustentáveis é essencial para atender às demandas do mercado, que vêm aumentando”, afirma.

Embora o Brasil tenha grande potencial em fontes renováveis, como eólica, solar e hídrica, há desafios na transmissão da energia aos corredores logísticos. Para Gislaine, o setor precisa de incentivos econômicos para ampliar o uso de veículos sustentáveis e avançar em infraestrutura.

A Zorzin Logística já aplica medidas de sustentabilidade, como renovação de frota, reciclagem e reúso de água, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. A executiva reforça a importância de iniciativas coletivas: “O transporte rodoviário precisa ser visto como modelo de eficiência e sustentabilidade no Brasil e no mundo”.

O setor agora busca transformar discussões em ações concretas, com as empresas liderando o movimento por um futuro mais competitivo e sustentável.