Transporte de cargas deve enfrentar desafios no outono

Transportadoras adotam estratégias para garantir entregas rápidas diante dos desafios climáticos.

O transporte rodoviário enfrenta impactos diretos das alterações climáticas, especialmente na última milha. A chegada do outono, em 20 de março, e a previsão de chuvas acima da média nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste em abril aumentam os desafios logísticos. Operadores que atuam nessas áreas precisam se preparar para alagamentos, congestionamentos e interdições causadas por quedas de árvores e deslizamentos, garantindo os prazos de entrega e a integridade dos produtos transportados.

A Temp Log, especializada em produtos para a medicina estética, é um exemplo de empresa que adapta suas operações para enfrentar essas condições. Com sede em São Caetano do Sul (SP), a transportadora tem como diferencial a agilidade: das 24 mil toneladas movimentadas anualmente, 25% chegam ao comprador em até 4 horas e 45% são entregues em 1 dia útil. O prazo máximo de entrega é de 3 dias úceis em todo o Brasil. Em um cenário onde mais de 330 árvores caíram em um único dia de março em São Paulo devido às chuvas, manter esses prazos exige planejamento rigoroso.

“Intensificamos o planejamento de rotas, mapeamos áreas de risco e monitoramos os motoristas em tempo real para minimizar impactos. Além disso, garantimos um controle rigoroso da temperatura da carga, pois trabalhamos com produtos sensíveis à saúde humana. O tempo e as condições de entrega influenciam diretamente na eficácia do tratamento e no bem-estar do paciente”, afirma Ricardo Canteras, diretor da Temp Log.

A variação climática também afeta a distribuição. Enquanto o frio chega ao Sul e Sudeste em abril, as regiões Norte e Nordeste seguirão com temperaturas elevadas. Esse cenário exige uma estratégia robusta para garantir que o prazo de 3 dias úceis seja cumprido em todo o país.

Outro fator crítico é a qualidade das rodovias. A Pesquisa CNT de Rodovias 2024 aponta que, dos 111.853 km avaliados, 40,4% estão em condição regular, 20,8% em estado ruim e 5,8% são considerados péssimos. Para superar essas dificuldades, empresas apostam em redes de apoio estruturadas.

“Contamos com uma rede de transporte certificada pela ANVISA, distribuída em diversos estados e municípios. São mais de 70 agentes regionais especializados na logística farmacêutica, preparados para enfrentar desafios como condições climáticas adversas e a infraestrutura precária das vias”, conclui Canteras.

#logística #transporte #clima #entregas