Terminal Portuário de São Luís é habilitado para exportar milho para a China

TPSL atende protocolos fitossanitários e fortalece o Arco Norte como rota estratégica.

O Terminal Portuário de São Luís (TPSL), operado pela VLI, foi habilitado para exportar milho ao mercado chinês, consolidando-se como um elo estratégico na logística brasileira. A aprovação atende aos protocolos fitossanitários exigidos pela China e reforça o crescimento do Arco Norte (Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará e Rondônia) como alternativa para as exportações nacionais.

A demanda chinesa por milho brasileiro aumentou desde 2022, após a guerra na Ucrânia impactar o fornecimento global de grãos. Em resposta, a China ampliou contratos comerciais e, em 2023, implementou protocolos quarentenários, com exigências rigorosas sobre sementes e pragas.

Para cumprir esses requisitos, o TPSL passou por um processo de cadastramento no Sistema de Gestão Agropecuária do Ministério da Agricultura (Sipeagro/Mapa). O procedimento incluiu o registro do terminal como exportador de milho, a apresentação do Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e relatórios de monitoramento de aflatoxinas e agrotóxicos.

A habilitação também demandou adequações e treinamentos para os colaboradores do terminal. “Nosso compromisso é com a qualidade dos grãos exportados, desde o recebimento até o embarque. Monitoramos rigorosamente todos os parâmetros exigidos pelos órgãos fiscalizadores e pelos contratos internacionais”, afirma Brenda Guedes, engenheira agrônoma da VLI.

A conquista reforça a posição do Brasil como fornecedor estratégico de milho para a China. Em 2023, o Arco Norte, que não exportava grãos para o país antes daquele ano, alcançou 3,6 milhões de toneladas embarcadas, e 2,2 milhões em 2024, mesmo com a retração global do mercado. “A participação do Arco Norte no market share de milho dobrou, de 23% em 2023 para 44% em 2024, e deve crescer ainda mais em 2025, com a habilitação do TPSL”, destaca Vanessa Rocha, gerente de contas da VLI.

Com essa certificação, o TPSL amplia sua atuação no mercado internacional de grãos. Além do milho, o terminal também está habilitado para exportar soja para a China.