Tecnologia e capacitação definirão o futuro da logística

Investimentos e inovações como IA, IoT e Big Data impulsionam o setor, mas a falta de profissionais especializados é um desafio.

A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) estima que empresas privadas investirão cerca de R$ 124,3 bilhões em transporte e logística até 2026. No cenário global, a Transparency Market Research projeta que o mercado logístico deve atingir US$ 15,273 bilhões até 2027.

A adoção de tecnologias como Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e Big Data tem sido fundamental para esse crescimento. “Essas ferramentas vão definir o futuro do setor e, com investimentos adequados, fomentarão uma revolução positiva”, afirma Eros Viggiano, fundador da LogPyx e especialista em ciência da computação.

A McKinsey & Company apontou que, em 2023, os investimentos em IA no Brasil cresceram 46%, totalizando aproximadamente R$ 9,5 bilhões. Apesar de 47% das empresas já utilizarem IA, 73% ainda operam sem equipes especializadas, segundo o estudo IoT Snapshot 2024, da Logicalis, evidenciando o desafio da capacitação profissional.

A IoT tem sido essencial para o monitoramento em tempo real de mercadorias e veículos, proporcionando maior visibilidade e controle operacional. No entanto, a falta de profissionais qualificados limita seu potencial. “Capacitar equipes para interpretar e utilizar essas tecnologias corretamente é essencial para evitar gargalos operacionais”, destaca Viggiano. O Big Data também oferece insights estratégicos, mas é adotado por apenas 2% das empresas de transporte e logística, segundo a Bitkom. “Essas soluções serão essenciais não apenas para otimização, mas para a sobrevivência do setor”, acrescenta.

A transformação digital na logística depende da capacitação e adaptação de processos. Tecnologias como automação, análise de dados em tempo real e integração de sistemas estão redefinindo a eficiência operacional. “Nos próximos anos, quem dominar essas soluções definirá o ritmo da concorrência”, conclui Viggiano. Um estudo da Salesforce aponta que mais de 90% das empresas estão acelerando a automação, reforçando essa tendência.