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Setor de transportes emitiu 216 milhões de toneladas de CO2 em 2022
Na última segunda-feira, dia 3 de junho, a Vertown, startup de gestão de resíduos, lançou uma análise aprofundada, com pesquisas exclusivas, sobre o setor automobilístico brasileiro que, embora vital para a economia nacional, enfrenta alguns desafios.
Dados recentes revelam uma realidade que vai na contramão das tendências ambientais mundiais para a redução de CO2 e outros compostos químicos responsáveis por problemas como o aquecimento global.
De acordo com o levantamento exclusivo da Vertown, com base nos dados do Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa (SEEG), em 2022 o setor de transportes brasileiro foi responsável por gerar 216.877.617 toneladas de CO2.
O relatório também aponta que 11% das emissões totais de gases do efeito estufa no país são feitas pela cadeia produtiva automobilística, incluindo incineração de resíduos e queima de combustíveis fósseis.
“Os números são alarmantes em diversos aspectos. Em 2022, por exemplo, a incineração de resíduos sólidos relacionados à fabricação de automóveis resultou na liberação de, aproximadamente, 1.492.641 toneladas de CO2 na atmosfera”, explica Guilherme Arruda, CEO da Vertown.
Combustíveis fósseis
Segundo os dados públicos do Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa (SEEG), coletados pela Vertown, a produção de combustíveis fósseis no país, em 2022, resultou na emissão de aproximadamente 54.285.592 toneladas de CO2.
“A transição para uma economia circular, onde os materiais são reutilizados e reciclados, é essencial para reduzir o impacto ambiental do setor. Além disso, investimentos em tecnologias limpas e na promoção de transportes públicos eficientes são fundamentais para reduzir as emissões de CO2 e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, destaca Guilherme Arruda.
As emissões de CO2, pelo setor de transportes, variam significativamente de acordo com os estados. Em 2022, o recorte teve como mais poluentes os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia, Goiás, Mato Grosso e Pará. Confira a lista completa:
– Acre: 479.386 toneladas
– Alagoas: 1.746.909 toneladas
– Amapá: 564.178 toneladas
– Amazonas: 2.986.531 toneladas
– Bahia: 10.641.662 toneladas
– Ceará: 5.159.632 toneladas
– Distrito Federal: 3.123.067 toneladas
– Espírito Santo: 4.531.340 toneladas
– Goiás: 9.296.663 toneladas
– Maranhão: 5.017.790 toneladas
– Mato Grosso: 8.592.126 toneladas
– Mato Grosso do Sul: 4.911.224 toneladas
– Minas Gerais: 23.089.261 toneladas
– Pará: 8.010.034 toneladas
– Paraíba: 2.200.373 toneladas
– Paraná: 18.130.716 toneladas
– Pernambuco: 6.084.146 toneladas
– Piauí: 2.223.974 toneladas
– Rio de Janeiro: 12.516.210 toneladas
– Rio Grande do Norte: 2.224.235 toneladas
– Rio Grande do Sul: 14.519.198 toneladas
– Rondônia: 2.632.306 toneladas
– Roraima: 614.754 toneladas
– Santa Catarina: 11.595.515 toneladas
– São Paulo: 48.787.097 toneladas
– Sergipe: 1.514.651 toneladas
– Tocantins: 3.254.557 toneladas
Foto: Rafael Motta