Setor de galpões logísticos segue em alta no Brasil
O segundo trimestre de 2024 registra o maior valor de absorção líquida desde 2022, impulsionado por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O setor de galpões logísticos no Brasil manteve seu ritmo de crescimento no segundo trimestre de 2024, alcançando uma absorção líquida de 645.368 m², o maior valor desde o terceiro trimestre de 2022. No acumulado do ano, o volume absorvido já soma 796.472 m², com destaque para São Paulo, que foi responsável por 58% desse total. Minas Gerais e Rio de Janeiro também contribuíram significativamente, representando 17% e 15% da absorção, respectivamente.
A taxa de vacância das classes A e A+ fechou em 9,38%, uma redução de 1,4 pontos percentuais em comparação ao trimestre anterior, resultado do maior número de absorções em relação às entregas. A única região a registrar aumento na vacância foi o Norte, com uma absorção líquida negativa de -14.398 m². As pré-locações somaram 193.751 m², reforçando a demanda por imóveis novos e de alto padrão, enquanto ativos obsoletos permaneceram desocupados por mais tempo.
Esses dados são parte do estudo trimestral MarketBeat, produzido pela Cushman & Wakefield.
O preço médio pedido pelos imóveis logísticos no Brasil foi de R$ 23,78/m² no segundo trimestre, uma queda de 2,0% em relação ao período anterior. Essa redução foi influenciada por novos empreendimentos com preços mais baixos do que a média regional, diferentemente do que se observou nos trimestres anteriores, quando os novos ativos foram entregues a preços mais elevados. Adicionalmente, houve uma saída significativa de empreendimentos com aluguel baixo e grandes ocupações com preços pedidos altos, como um empreendimento de mais de 100 mil m² com preço pedido de R$ 34/m².
No estado de São Paulo, o mercado logístico classe A e A+ registrou 373.974 m² de absorção líquida no segundo trimestre de 2024, um volume quatro vezes maior do que no trimestre anterior. Já no Rio de Janeiro, a absorção líquida foi de 95.932 m², a maior desde o final de 2021, reduzindo a taxa de vacância para 16,4%, o menor valor desde o segundo trimestre de 2022. Não houve novas entregas nesse período, o que contribuiu para a queda da vacância.
Foto: Gerado com IA