Seara amplia frota de caminhões elétricos refrigerados para operações logísticas

Seara amplia frota de caminhões elétricos refrigerados para operações logísticas

Por Christian Presa, com informações de Assessoria de Imprensa

A eletrificação de frotas também está presente nas operações da Seara. Nesta semana, a companhia anunciou que está ampliando de 19 para 200 caminhões 100% elétricos refrigerados até janeiro de 2023.

Os veículos serão utilizados na distribuição de produtos em todo o país. Para isso, a Seara contará com o apoio da No Carbon, empresa da JBS Novos Negócios especializada em locação de caminhões movidos a eletricidade.

De acordo com a empresa, os veículos da NoCarbon possuem 170 quilômetros de autonomia, capacidade de transportar até 4 toneladas de carga. Os caminhões também são equipados com baús frigoríficos, armazenando, simultaneamente, produtos resfriados e congelados.

A iniciativa irá contribuir para reduzir as emissões escopo três de gases de efeito estufa, relativas às emissões indiretas das operações da companhia. Atualmente, cada veículo elétrico da frota evita o lançamento anual de cerca de 30 toneladas de CO2 equivalente na atmosfera.

“Nosso objetivo é ampliar cada vez mais o alcance de soluções logísticas sustentáveis e de baixo carbono. Por isso, temos como meta ter veículos elétricos em todas as regiões metropolitanas com Centro de Distribuição da Seara.” – Fabio Artifon, diretor de Logística da Seara.

REDUÇÃO NAS EMISSÕES DE CO2

Com a substituição de veículos movidos a diesel pelos novos caminhões elétricos, a Seara tem a expectativa de reduzir aproximadamente emissões indiretas de 6 mil toneladas de CO2. Isso equivale ao plantio de cerca de 45 mil árvores.

“Com a entrada dos novos caminhões elétricos, viabilizamos a renovação da frota e apoiamos o nosso transportador parceiro sem que ele precise fazer o investimento de transição para uma frota de baixo carbono”, reforçou Artifon.

O avanço da eletrificação da frota de transporte faz parte dos esforços da JBS para se tornar Net Zero em 2040. Com isso, a empresa planeja reduzir as emissões de escopo 1 (diretas), 2 (indiretas em energia elétrica) e 3 (indiretas) e compensar toda a emissão residual.

Além do menor impacto ambiental, uma das principais vantagens dos veículos elétricos é o baixo custo de operação e manutenção. O caminhão não possui, por exemplo, filtro de ar, filtro de óleo, filtro de combustível, sistema de escapamento, correias, bico injetor, bomba de injeção e demais itens que fazem a manutenção de um veículo convencional custar até seis vezes mais do que o modelo elétrico.

ELETRIFICAÇÃO DE FROTAS É PROMISSORA, MAS ESTÁ EM DESENVOLVIMENTO

Diante da relação entre as demandas por desenvolvimento sustentável e o avanço da tecnologia, uma das empreitadas mais discutidas é a adesão aos veículos elétricos. Para além do uso comercial, a alternativa de eletrificação é algo que enche os olhos dos gestores de frota. Isso porque se trata de uma opção que, além de apresentar menor impacto ambiental, também têm vantagens como a redução de custos – vide o preço dos combustíveis –, o que gera benefícios às operações.

Porém, apesar de promissora, essa ainda é uma realidade que se manifesta quase como que um projeto experimental no Brasil. De acordo com o relatório “Eletromobilidade – Uma das soluções para alcançar a neutralidade de carbono”, elaborado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgado em março deste ano, o mercado de caminhões elétricos ainda está em fase de consolidação no Brasil.

O mesmo levantamento traz dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) sobre o licenciamento de caminhões e ônibus elétricos no país: entre 2021 a 2022, foram apenas 376 veículos licenciados – um número, de acordo com a CNT, “pequeno para o potencial que o Brasil possui e […] que evidencia o longo trajeto a ser percorrido”.

Isso não quer dizer, no entanto, que as empresas não estejam caminhando rumo a esse cenário. Além da própria Seara, uma matéria da MundoLogística trouxe exemplos de empresas como Magalu e Danone, que já aderiram aos veículos elétricos e manifestaram interesse de expandir essa frota nos próximos anos.

Fonte: Mundo Logística

Foto: Divulgação

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