Restrições de circulação aumentam demanda por logística
Passado o primeiro ano de pandemia, as restrições de circulação voltaram a ser aplicadas em todo o País. Em meio ao fechamento do comércio físico, as vendas online e a digitalização seguem sendo uma alternativa para amenizar os impactos econômicos, com a tendência de aumentar ainda mais a demanda por logística. Com tamanha incerteza na economia, algumas decisões precisam ser tomadas diariamente, uma agilidade que as novas tecnologias proporcionam aos negócios.
Segundo dados da 6ª rodada da Pesquisa de Impacto no Transporte – Covid-19, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), a maioria das empresas entrevistadas acreditam que não haverá mudanças no cenário nos próximos seis meses. Das 580 organizações de cargas e passageiros de todos os modais de transporte ouvidas, 28,6% estão otimistas e vislumbram um crescimento da demanda no setor.
Diversas empresas precisaram aceitar a realidade e buscar meios para continuar sobrevivendo, o que não foi diferente com a logística. Apesar das constantes ondulações do mercado, a digitalização também chegou com tudo na logística de transportes, tornando-se uma opção que reduz custos, melhora o processo de entregas e apresenta informações em tempo real. Alguns especialistas em tecnologia acreditam que digitalizar os serviços de um negócio pode ser a salvação para não falir.
De acordo com Antonio Wrobleski, presidente da Pathfind, empresa especializada em otimização e redução de custos logísticos, algumas iniciativas devem ser consideradas neste período:
Repensar e replanejar o negócio, além de fazer um planejamento estratégico para o ano, considerando tomada de decisões mais frequentes de acordo com o cenário e o contexto da pandemia;
Ter informações em tempo real para saber como agir estrategicamente, ou seja, digitalizar e investir em machine learning;
Entender o que realmente é lockdown, compreendendo as implicações econômicas e financeiras dessa condição;
Construir um ambiente corporativo online. Quanto mais rápido aceitar essa realidade, melhor.
“Tem que ter machine learning, que é o aprendizado do dia a dia, o que está acontecendo na sua empresa. Como minimizar e fazer com que isso represente um impacto menor”, exemplifica. O executivo afirma ainda que as empresas mais organizadas criaram um comitê de crise, que acompanha a evolução da crise pandêmica, os índices do negócio e analisa como podem adequar todos esses fatores.
“Com o contexto do lockdown, o nosso sistema é uma facilidade que oferece a oportunidade para que as empresas fechem os escritórios e continuem com as suas atividades. A quarentena vai continuar, mas não vão acabar as entregas e as transferências entre fábricas”, completa Wrobleski. Para o empresário, não há como imaginar um agora e um futuro na logística sem incluir as novas tecnologias, conjuntura antecipada pelo coronavírus. “As informações internas e os números da pandemia estão ligados, e se você correlaciona-los, pode fazer comparativos e tomar decisões melhores”, finaliza.