Plataforma colaborativa em blockchain lança os primeiros tokens digitais referentes à investimento em recuperação de resíduos
Rede Recichain aposta em plataforma blockchain para aumentar reciclagem
A iniciativa reciChainTM, rede empresarial que visa escalar soluções de economia circular por meio de uma plataforma colaborativa em blockchain, ganha força com a emissão dos primeiros tokens digitais referentes ao investimento em uma nova planta de triagem de resíduos pós-consumo: a Unidade de Valorização Sustentável da Solví Essencis, no município de Caieiras, na Grande São Paulo.
Segundo a Abrelpe, Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o Brasil gera mais de 80 milhões de toneladas de lixo todos os anos, entre resíduos domiciliares e de limpeza urbana, e recicla menos de 4% desse montante. Um problema dessa magnitude só pode ser enfrentado por meio de um “ecossistema interempresarial”, um instrumento importante para viabilizar a sustentabilidade e gerar valor.
Neste cenário desafiador, o Grupo Solví contribuiu para a estruturação do reciChainTM para fomentar a ampliação da capacidade instalada na cadeia de reciclagem no Brasil com investimentos em projetos que possuam adicionalidade socioambiental. A oferta dos tokens digitais está vinculada à operação da futura Unidade de Triagem de Resíduo Sólido Urbano (RSU) de Caieiras. A infraestrutura, após licenciada, permitirá recuperar uma fração de materiais recicláveis contida nos resíduos domiciliares, que, originalmente, seriam destinados a aterros sanitários, e gerar o equivalente em tokens de logística reversa.
De outro lado, empresas que tenham metas relacionadas à recuperação de resíduos pós-consumo podem adquirir estes tokens digitais, que darão acesso a evidências verificadas e auditadas, que servem para o atendimento dos requisitos legais e, ao mesmo tempo, financiar projetos de infraestrutura e adicionalidade, impulsionando a economia circular e acelerando a reintrodução de plásticos e outros recicláveis em novos produtos. É uma relação de ganha-ganha.
“Nosso objetivo é dar uma solução para empresas e brand owners no atendimento aos seus compromissos de logística reversa, além de criar impacto positivo ESG e ampliar as taxas de reciclagem em âmbito nacional. Para isso, o investimento na unidade multitecnológica de Caieiras faz parte do programa estruturante da Solví que tem a ambição de implantar cerca de uma dezena de plantas de triagem voltadas à recuperação de resíduo pós-consumo”, afirma Celso Pedroso, CEO do Grupo Solví. “Por meio do modelo de parcerias promovido pelo reciChainTM, conseguiremos somar forças com outras companhias engajadas com o tema e, juntos, avançar a economia circular no país”, diz.
Na plataforma reciChainTM, diversas informações — como a qualidade e as condições de recuperação de materiais recicláveis — são armazenadas nos tokens digitais e registradas em uma solução blockchain, o que permite transparência e rastreabilidade dos investimentos. A iniciativa proporciona maior confiabilidade para investir, contribui para a aceleração da implementação de soluções com impactos social e ambiental positivo, representando um importante meio para assegurar o atendimento das metas de empresas para além das obrigações legais.
“Esta é uma forma inovadora de usar a digitalização para promover a economia circular na cadeia de diversos materiais, em especial, o plástico, trazendo valor para o material que antes seria descartado, e, impulsionando o desenvolvimento de novos negócios”, afirma Manfredo Rübens, Presidente da BASF para a América do Sul. “Importante ressaltar que a iniciativa foi desenhada para gerar impacto social positivo, emprego, inclusão e renda”, diz.
Dentre os objetivos do reciChainTM estão conectar os diversos atores na cadeia de valor da reciclagem, acelerar investimentos em infraestrutura — especialmente aqueles com impacto social positivo — como também assegurar transparência e aumentar as taxas de reciclagem no Brasil, viabilizando caminhos para a tão almejada economia circular.
Fotos: Divulgação