Problemas em rodovias aumentam demanda por transporte aéreo no Nordeste
No Brasil, 65% da movimentação de cargas é feita pelas rodovias (segundo o Relatório Executivo do Plano Nacional de Logística 2025) e as condições ruins do pavimento geram um custo desnecessário de R$ 1,072 bilhão com litros de diesel, o que equivale a um gasto extra de R$ 4,89 bilhões para os caminhões das empresas do transporte rodoviário de cargas.
Uma das regiões mais afetadas pelas péssimas condições das rodovias é o Nordeste, que tem, em sua composição territorial, nove estados e uma área de 1.558.000 km², correspondente a 18% do território do Brasil. Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), 71,3% da malha rodoviária pavimentada do Nordeste apresenta algum tipo de problema no pavimento, na sinalização ou na geometria das estradas.
Essa situação tem aumentado a procura no setor de logística pelo transporte aéreo de cargas, principalmente nesta região. De acordo com a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), em 2022 foram transportados 572.472.562 quilos de carga aérea nos dez principais aeroportos do Brasil, entre eles o Aeroporto Internacional do Recife/ Guararapes (PE) que transportou 47.475.704 quilos.
Segundo o especialista em logística e CEO da Prestex, Rodrigo Lizot, os segmentos que mais demandam pelo transporte aéreo emergencial no Nordeste são: indústria automobilística, de alimentos, bebidas e produtos químicos.
Negócios em expansão
Segundo dados do portal Investe Recife, criado pela Prefeitura para fomentar os negócios na cidade, as condições têm incentivado empresas com sede no Sul e Sudeste a se instalarem no Nordeste para expandir o atendimento no modal aéreo. É o caso da Prestex, especializada em solução logística emergencial B2B, que atua há 20 anos no setor. Com bases em Caxias do Sul (RS) e no Bairro Jabaquara, cidade de São Paulo (SP), a empresa iniciou o ano de 2023 com a implantação de uma base na cidade de Recife (PE).
De acordo com o Boletim de Desenvolvimento Econômico da cidade, Recife tem se consolidado como um polo estratégico de negócios, contabilizando 166 mil empresas ativas e um saldo positivo de 16.336 empresas no acumulado de 2022. “Tudo isso reflete no setor logístico, com uma crescente movimentação de cargas, principalmente aérea, fazendo com que empresas, como a Prestex, que já operava no Nordeste, se estabelecesse fisicamente também na cidade, ampliando a expertise de operação local e a carteira de clientes”, explicou Lizot.
A escolha por Recife foi estratégica, uma vez que a cidade tem o segundo melhor aeroporto do mundo, conforme ranking global elaborado pela AirHelp. “Trabalhar com cargas emergenciais significa montar de forma ágil um quebra-cabeça estratégico para solucionar o problema de cada cliente”, disse o CEO Rodrigo Lizot, da Prestex, que foi eleita uma das melhores empresas em satisfação do cliente no Brasil pelo Prêmio MESC 2020 e 2022, em 2021 ficou em primeiro lugar no segmento “Entregas Logísticas”, sendo a única do segmento entre as 100 melhores do Brasil.
A base em Recife da Prestex vai permitir a ampliação das operações nos Estados de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe e Pernambuco.
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