Principais desafios na digitalização da indústria de autopeças
Complexidade da cadeia de suprimentos e falta de padronização dificultam avanço tecnológico no setor.
O mercado brasileiro de autopeças enfrenta grandes desafios na digitalização, principalmente devido à sua estrutura altamente fragmentada, composta por centenas de fabricantes e milhares de distribuidores e varejistas. A falta de padronização e compatibilidade das peças torna a cadeia de suprimentos complexa, dificultando a obtenção e uso de informações precisas para garantir que o consumidor receba a peça correta.
A transição de processos analógicos para digitais exige um grande esforço para integrar e padronizar dados em toda a cadeia, desde a fabricação até a entrega ao consumidor final. Para empresas menores ou mais tradicionais, a adaptação à tecnologia representa um obstáculo significativo, devido aos investimentos necessários em infraestrutura e treinamento. A Mecanizou, por exemplo, é uma startup que está na vanguarda dessa transição, utilizando tecnologias avançadas para enfrentar esses desafios e simplificar a complexidade do mercado de autopeças.
A digitalização da indústria de autopeças enfrenta várias barreiras, como a presença de mais de 150 milhões de peças únicas no mercado e a baixa padronização de informações técnicas. A falta de acesso a esses dados, especialmente entre distribuidores, resulta em uma baixa adesão à digitalização. Empresas como a Mecanizou têm superado essas barreiras ao utilizar tecnologia para gerenciar a aplicação de peças, oferecer um amplo portfólio e manter um alto nível de serviço.
Embora a digitalização esteja ajudando a otimizar a cadeia de suprimentos e a logística, há ainda um longo caminho a percorrer para a integração completa. A multicanalidade, onde varejistas se conectam a parceiros tecnológicos, tem facilitado a gestão da demanda, precificação e aplicação do portfólio. Além disso, canais digitais de acesso direto a informações das fábricas e suporte online estão se disseminando.
As tendências digitais estão ganhando força no setor de autopeças, com o uso de tecnologias como Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning para acelerar a digitalização, aumentando o portfólio disponível, melhorando a gestão de estoques e garantindo maior precisão na aplicação das peças. Tecnologias emergentes, como a Internet das Coisas (IoT) e blockchain, estão sendo exploradas para melhorar a rastreabilidade e a transparência na cadeia de suprimentos, oferecendo um nível sem precedentes de controle e eficiência operacional.
Mesmo diante dos desafios, o setor automotivo lidera a adoção de tecnologias digitais no Brasil, segundo a Sondagem Especial Indústria 4.0 de 2022, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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