PIB do transporte tem o menor crescimento dos últimos anos
Segundo o Boletim de Conjuntura Econômica da CNT, divulgado na última quinta-feira (21), o PIB (Produto Interno Bruno) do transporte registrou crescimento de 2,6% em 2023, mesmo com a desaceleração da economia brasileira nos últimos quatro meses do ano.
Entretanto, isso é bem menor do que o registrado nos últimos anos. Em 2021 a alta foi de 12,9% e em 2022 ele chegou até 8,4%. Destacando a participação dos componentes do PIB, o nível de investimento geral no ano passado caiu. A formação bruta de capital fixo em 2023 ficou em 16,5% do PIB. No ano anterior, o percentual foi de 17,8% e, em 2021, ficou em 17,9%.
“O nível de investimento no Brasil é historicamente muito baixo. Em 2023, voltou para o patamar registrado em 2020, ano de pandemia, quando ficou em 16,6%. Qualquer queda de investimento é preocupante para o setor produtivo porque é preciso investir em infraestrutura para trazer competitividade para as empresas”, destaca a gerente executiva de Economia da CNT, Fernanda Schwantes.
O que diz a CNT
Junto ao Boletim, a Confederação Nacional dos Transportes avaliou que uma condição fundamental para a promoção de investimentos pelas empresas, além de segurança jurídica, é a redução da taxa básica de juros da economia. Em reunião realizada nos dias 19 e 20 de março, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu reduzir a meta da taxa Selic de 11,25% ao ano para 10,75%, mantendo, assim, o ritmo gradual e cauteloso de corte de 0,5 ponto percentual dos juros básicos a cada reunião.
Em fevereiro, o índice geral de preços, medido pelo IPCA, aumentou 0,83%, acima das expectativas de mercado e do índice registrado em janeiro de 2024, de 0,42%. Em 12 meses, o índice geral acumula alta de 4,50%, limite superior da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,0%.
Volume de serviços de transporte
O volume de serviços de transporte cresceu pelo segundo mês consecutivo. Medido pela PMS/IBGE (Pesquisa Mensal de Serviços), o crescimento do índice em janeiro deste ano foi de 0,7%, mesmo percentual do índice geral.
Com esse crescimento, o transporte apresentou volume de serviços 19,6% acima do registrado no período pré-pandemia, fevereiro de 2020. Esse resultado é melhor que o índice geral da PMS para o mesmo período, 13,5%. Destaca-se, também, o crescimento de 6,9% no volume de serviços do transporte aéreo no mês e de 2,9% no transporte de passageiros, após quatro meses consecutivos de queda para o segmento. Esse resultado, no entanto, não foi suficiente para colocar o transporte de passageiros em um patamar de volume de serviços acima do pré-pandemia.
Fonte: Frota & Cia
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