Má gestão de frotas pode aumentar gastos com pneus em até 20%
Má gestão de frotas pode aumentar gastos com pneus em até 20%
Tecnologia acompanha a vida útil dos pneus e otimiza sua gestão economizando até 25% nos custos operacionais.
Os pneus de uma frota carregam muito mais do que o peso dos veículos. Eles representam 8% dos custos totais de uma frota, ficando atrás apenas de combustível e manutenção, segundo o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região – SETCESP. Porém, algumas empresas do setor relatam que os gastos com esse item podem chegar até 20% com uma má gestão da frota.
Com esse impacto financeiro e a segurança em jogo, fica claro que a gestão eficiente dos pneus é mais que necessária. “Ela é capaz de prolongar sua durabilidade e reduzir custos, além de garantir mais segurança nas estradas”, diz Paulo Raymundi, CEO da Gestran, desenvolvedora de soluções tecnológicas voltadas para a otimização e automação dos processos de gestão de frotas.
Segundo ele, pneus desgastados perdem aderência e tornam o veículo mais propenso à aquaplanagem, elevando o risco de acidentes. Dados do Datasus mostram que os acidentes de transporte terrestre causam cerca de 45 mil mortes por ano no Brasil. Isso sem contar que também elevam o consumo de combustível, já que o motor precisa trabalhar mais.
Dessa forma, tecnologias que automatizam e simplificam a gestão de frotas surgem como uma aliada estratégica. “Tradicionalmente, a administração de frotas era feita manualmente, com pouca visibilidade e controle. Hoje, existem soluções inovadoras que realizam leituras detalhadas, avaliando a profundidade dos sulcos e níveis de calibragem, permitindo a identificação de desgastes, falhas potenciais e a necessidade de substituição”, diz Raymundi, sobre a Pneufit, solução recém-desenvolvida pela Gestran.
Ele o CEO, “o software de gestão de pneus pode gerar uma economia de até 25% nos custos operacionais relacionados à frota, ao otimizar processos como controle de desgaste, recapagens e monitoramento da pressão dos pneus, garantindo maior durabilidade e eficiência no uso dos recursos.”
A Pneufit permite, ainda, registrar o número de fogo do pneu e vinculá-lo ao veículo, criando um histórico completo: marca, modelo, dimensão, quilometragem rodada, medição de sulcos, calibragens, rodízios, inspeções e recapagens realizadas. “Isso dá às empresas o controle total sobre o ciclo de vida dos pneus, eliminando improvisos e aumentando a eficiência”.
A implementação é facilitada por um treinamento interativo, realizado ao vivo, onde motoristas podem tirar dúvidas. Além disso, a empresa fornece um kit de ferramentas, incluindo medidores de pressão e sulco, e um celular já configurado com o sistema. “Mesmo exigindo um módulo de manutenção prévio, o aplicativo é simples e direto, bem intuitivo, ideal até para quem não tem experiência com tecnologia”, complementa.
“A manutenção preventiva vai além de prolongar a vida útil dos veículos e pneus; ela minimiza paradas inesperadas, reduz custos com reparos e eleva a eficiência operacional. Além disso, contribui para a segurança no ambiente de trabalho, diminuindo riscos de acidentes e aumentando a produtividade”, destaca.
Frotas que operam com caminhões de vários eixos, como as carretas LS, enfrentam custos altíssimos com pneus. Para se ter uma ideia, cada pneu rodoviário 295 custa, em média, R$ 3.000,00. Uma única carreta LS, equipada com 22 pneus, representa um investimento de R$ 66.000,00 apenas em pneus. Agora, imagine uma frota com 50 carretas LS. O custo total com pneus em operação seria de R$ 3,3 milhões (50 carretas x R$ 66.000,00). Além disso, os pneus precisam ser substituídos periodicamente devido ao desgaste natural, aumentando ainda mais os gastos.
Segundo Paulo Raymundi, com uma gestão eficiente, que inclua o monitoramento do ciclo de vida dos pneus, controle de manutenção e práticas de economia, é possível reduzir os custos em até 30% ao ano. Isso equivale a uma economia de aproximadamente R$ 1 milhão por ano para uma frota desse porte. “Com soluções como essa, o gerenciamento de frotas deixa de ser um desafio manual e se transforma em uma operação inteligente e conectada”, conclui.
Foto: Divulgação