Integradora multimodal Costa Brasil expande e busca o mercado do nordeste
Ao celebrar dez anos de OTM — Operação de Transporte Multimodal, a Costa Brasil se consolida no segmento, investindo em soluções inovadoras, tecnologia, processos e pessoas. Com o foco no perfil de carga do cliente e a experiência em combinar modais de transporte terrestre, marítimo e aeroviário, depois de se consolidar no Norte do país (Manaus/AM), no Sul e Sudeste, a Costa Brasil está expandindo suas operações para o Nordeste.
Todas as operações hoje mantidas em Manaus também serão oferecidas inicialmente para Ceará e Pernambuco. Um dos principais serviços será o transporte de carga conteinerizada fracionada. A empresa se empenha para mostrar que a modalidade pode ser utilizada por clientes de diferentes segmentos, tamanhos e tipos de cargas.
“O Nordeste tem hoje um mercado consumidor muito forte, há uma população muito maior do que no Norte e consequentemente, um consumo muito maior. Há uma demanda muito grande por mercadorias. A Costa Brasil já movimenta algumas cargas em rotas semanais regulares na cabotagem, com escalas nos portos de Pecém (CE) e Suape (PE). Existe um fluxo muito grande de movimentação do Sul e do Sudeste para o Nordeste. Estamos atrás dessa fatia de mercado”, afirma Roberto Veiga, Diretor Comercial.
Novos mercados
A integradora multimodal está instalada próxima a importantes terminais portuários, nas cidades de Santos, Cubatão, Guarulhos, no estado de São Paulo; Itajaí, em Santa Catarina e Manaus, no Amazonas. Nestes locais, a empresa mantém armazéns próprios para recebimento de cargas, manuseio, embalagem, estufagem de contêineres e despacho, podendo usar transporte aéreo, rodoviário ou a cabotagem, com a logística de ponta a ponta.
“O nosso plano de expansão está muito ligado a atender aos nossos clientes. O que a gente vai expandir são as nossas operações de terminais. Hoje, já temos cinco terminais espalhados pelo Brasil, no Sul, no Sudeste e no Norte. Possivelmente ainda este ano ou no início do ano que vem, teremos um terminal no Nordeste”, afirma o Diretor Comercial.
Roberto define a estratégia. “Como integradora multimodal, buscamos parceiros que possam contar com a nossa variedade de soluções em transporte; na linha terrestre, o rodoviário e o ferroviário; e o marítimo e o aéreo. E também os que tenham necessidades de serviços complementares, como armazenamento, consolidação, distribuição de cargas e serviços de terminais”.
Democratização da cabotagem e carga fracionada
É um pensamento unânime no mercado que são grandes as perspectivas de crescimento da multimodalidade. E ela ganha fôlego quando a logística inclui a “BR Marítima”, ou seja, uma via pelo mar, numa extensão de 8 mil km do litoral brasileiro, cobertos pela navegação costeira, a cabotagem.
O plano de expansão da Costa Brasil é exatamente com foco na cabotagem, apostando no transporte marítimo de carga conteinerizada fracionada. A empresa é líder neste mercado, investe em tecnologia e está entre os três maiores embarcadores de carga na cabotagem.
“A cabotagem necessitava no mercado de um tipo de serviço que atendesse àquelas pequenas empresas, que não possuíam grandes volumes ou que não tivessem o domínio de como utilizar esse meio de transporte. Para alguns, era até um pouco inusitado. Quando se olhava um navio com contêiner, até assustava. Com a sua infraestrutura a Costa Brasil criou facilidades e viabilizou o processo”, afirma Márcio Salmi, CEO da Costa Brasil.
E prossegue: “Por isso, falamos em democratização da cabotagem, porque hoje um pequeno embarcador que tem uma caixa pequena, um volume pequeno, ele consegue mandar sua carga para o Norte do Brasil sem conhecer todos esses processos, sem precisar conhecer sobre contêiner ou sobre navio”, afirma.
A carga fracionada é caracterizada pela entrega de mercadorias em pequenas quantidades, que não ocupam todo o contêiner. Essa modalidade permite a unificação de cargas de vários fornecedores para vários recebedores, diminuindo para o cliente o custo com o transporte.
Outra modalidade, o serviço de carga compartilhada é aquele que coleta e entrega quantidades diferentes de produtos, sem a necessidade de fechar um contêiner. Ideal para unificar cargas, pesadas ou leves, com o objetivo de aproveitamento máximo do espaço do contêiner. É normalmente utilizado por clientes que possuem um volume insuficiente para ter seu contêiner exclusivo.
A Costa Brasil oferece também o serviço de carga consolidada. É um conjunto de mercadorias, de fornecedores diversos, que precisa ser entregue em um mesmo local e, por isso, pode ser agrupado como se fosse um só objeto ou volume.
Foco no perfil de carga do cliente
A expansão para o Nordeste aposta também na oferta de serviços personalizados. Segundo a empresa, esta é uma operação muito mais consultiva. Cria-se um relacionamento antes de se ter uma venda. É preciso ouvir e entender o que o cliente faz, as suas sugestões, o que ele quer ou está pensando. “Trazemos a demanda para a Costa Brasil e conversamos com as pessoas que de fato vão executar aquela operação, para ver se aquilo é viável ou se pode ser melhorado. Precisamos entender, desenhar o processo todo e, ai sim, chegar a uma proposta: A Costa Brasil consegue fazer isso para você”.
Uma década de OTM
A integradora multimodal é uma referência em logística, cabotagem, transporte de produtos de siderurgia e em carga fracionada.
Conforme a legislação, um Operador de Transporte Multimodal é uma pessoa jurídica responsável pelo transporte, da origem até o destino, por meios próprios ou por intermédio de terceiros.
Segundo dados da Associação Brasileira de Operadores Logísticos — ABOL, no Brasil existem aproximadamente mil companhias que se identificam como OTM. Além do transporte multimodal, elas podem realizar armazenagem, gestão de estoques e outras atividades relacionadas.
Em 2021, o setor teve uma Receita Operacional Bruta de R$ 166 bilhões. Isso garantiu 2 milhões de empregos, entre diretos e indiretos, o equivalente a 2% do total de pessoas ocupadas no Brasil. Foram recolhidos R$ 44 bilhões em tributos. Os números são do Perfil do Operador Logístico, edição de 2022, um estudo encomendado pela ABOL ao Instituto de Logística e Supply Chain — ILOS.
Além de vantagens econômicas, uma OTM simplifica o trâmite fiscal. “Quando se olha a operação pela ótica fiscal, você tem um documento único que cobre toda a operação e isso também facilita. Não é necessário fazer documentos diferentes para cada modalidade de transporte. Utilizamos o que chamamos de conhecimento de transporte multimodal. Nele está descrito que a sua carga andou de caminhão, de trem, depois de navio e de caminhão e de trem de novo. Não há problema algum”, afirma o executivo da Costa Brasil.
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