Gigantes do varejo expandem galpões e impulsionam setor logístico

Expansão acelerada e baixa vacância impulsionam a valorização de ativos logísticos no Brasil.

O crescimento do e-commerce tem transformado o mercado imobiliário logístico no Brasil, tornando os galpões industriais ativos estratégicos. Empresas como Shopee, Mercado Livre e Amazon disputam espaços em um setor que registrou taxa de vacância de apenas 8,10% no último trimestre de 2024, segundo a Buildings, especializada em inteligência de mercado imobiliário. Em alguns casos, como o da Sort Investimentos, especializada no setor, a vacância foi de apenas 0,5%, com o metro quadrado ultrapassando R$ 5.500 e projeção de valorização de 20% até o final do ano.

A Shopee é um dos destaques dessa expansão, com um crescimento de 5.000% na ocupação de espaços logísticos em cinco anos. Atualmente, a empresa aluga 717 mil m² em 68 localidades no país, sendo 622 mil m² já em operação. Novos centros em Itajaí, Guarulhos, Caxias e Distrito Federal reforçam a ampliação da sua malha de distribuição.

A Sort Investimentos tem presença forte em Santa Catarina, principalmente em Itajaí, Navegantes, Araquari e Garuva, regiões estratégicas para a logística devido à infraestrutura portuária e rodoviária. “O mercado logístico se tornou um dos setores mais estratégicos para investidores que buscam alta rentabilidade e segurança patrimonial. Com a crescente demanda e escassez de espaços, a valorização deve se acelerar”, afirma Douglas Curi, sócio da Sort Investimentos.

No último trimestre, as negociações da empresa somaram mais de R$ 70 milhões, um crescimento de 30% em relação ao período anterior. A Sort Investimentos administra atualmente R$ 8 bilhões em ativos, sendo R$ 3,5 bilhões em galpões logísticos que totalizam mais de 553 mil metros quadrados.

Enquanto a Shopee expande sua infraestrutura, o Mercado Livre já possui um estoque de 2,4 milhões de m² distribuídos em 74 ocupações no Brasil, segundo a Buildings. A empresa segue investindo em novos centros logísticos para manter sua posição no setor. “Com a chegada de novos players internacionais e o avanço tecnológico, os galpões Triple A, de alta eficiência operacional, devem se tornar os ativos mais valorizados da próxima década”, conclui o especialista.

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