Expansão de imóveis logísticos é destaque em reunião da Abralog
A indústria farmacêutica impulsiona o crescimento de condomínios logísticos, com alta demanda e contratos de longo prazo.
A Abralog realizou a reunião mensal do Comitê Farma, onde a Colliers Brasil apresentou a importância crescente da indústria farmacêutica no mercado de imóveis logísticos. Com foco na infraestrutura necessária para atender às demandas específicas do setor, o evento contou com a participação de Paula Casarini, CEO, Helio Gallizzi, Diretor Nacional, e Eduardo Gabriel, Diretor Nacional de Logística da empresa.
O mercado de condomínios logísticos no Brasil tem mostrado alta atividade construtiva, com o inventário disponível crescendo de 11 milhões de m² em 2016 para 27 milhões de m² em 2024. Simultaneamente, a taxa de vacância caiu de 25% para 10%, evidenciando a crescente demanda por esses espaços. Os preços médios por metro quadrado também registraram aumento significativo, passando de R$ 20,44/m²/mês em 2016 para R$ 27,03/m²/mês em 2024.
Para os próximos anos, espera-se a conclusão de mais de 3 milhões de metros quadrados de novas áreas. Em 2024, serão 46 imóveis totalizando 1,814 milhão de m², enquanto em 2025, 30 imóveis somarão 1,823 milhão de m².
No setor farmacêutico, as principais ocupantes de espaços logísticos incluem empresas como Eurofarma, Fresenius Kabi Brasil e Sanofi. Esses espaços são majoritariamente de propriedade de grandes grupos financeiros e imobiliários, como BTG Pactual e GLP. O sudeste, especialmente os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, se destaca como o principal polo da indústria farmacêutica no país.
As instalações logísticas farmacêuticas, como o Centeranel Cajamar com 67 mil m² e o Parque São Lourenço II com 55 mil m², são cruciais para a distribuição de medicamentos. Recentes transações no setor incluem contratos de longo prazo, como os de 120 meses firmados por empresas como Distribuidora de Medicamentos Santa Cruz e VIVEO Saúde, refletindo a estabilidade e confiança no mercado.
As considerações finais da apresentação ressaltam que, apesar de representar apenas 3% do inventário nacional, o setor farmacêutico possui contratos mais longos do que outros segmentos, indicando um relacionamento sólido com desenvolvedores e fundos imobiliários.
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