E-commerce expande ocupação de galpões na Grande SP
A demanda por entregas mais rápidas impulsiona a ocupação de galpões próximos à capital, enquanto regiões mais distantes enfrentam queda.
A necessidade de atender de forma ágil o maior mercado consumidor do país tem levado empresas de e-commerce a aumentar a ocupação de galpões logísticos no raio de até 60 quilômetros da capital paulista. Segundo a consultoria Binswanger Brazil, o segmento registrou crescimento expressivo nesse perímetro nos últimos 12 meses, enquanto regiões mais distantes enfrentaram queda na demanda.
No terceiro trimestre, grandes nomes como Amazon, B2W, Magalu, Mercado Livre, Shein e Shopee somaram 887.571 metros quadrados de área locada até 30 quilômetros de São Paulo, um avanço de 18,5% em relação ao mesmo período de 2023. O Mercado Livre, principal contratante, ampliou suas operações em 37,1%, totalizando 477.241 metros quadrados. Já a Shopee obteve o segundo maior crescimento, com 25,3%, alcançando 37.699 metros quadrados.
Entre 30 e 60 quilômetros da capital, o aumento foi de 21,6%, somando 1.030.882 metros quadrados. A Shopee se destacou novamente, ampliando sua ocupação em 156,8%, para 115.867 metros quadrados. No entanto, em distâncias maiores, como no raio de 60 a 90 quilômetros, a ocupação caiu 11,2%. Em áreas acima de 120 quilômetros, a retração chegou a 19,2%.
Apesar da concentração próxima à capital, o e-commerce continua expandindo sua presença em outras regiões. A Amazon, por exemplo, inaugurou três novas bases no Rio de Janeiro, incluindo operações em comunidades periféricas por meio de parceria com a FavelaLlog.
Além disso, empresas como Casas Bahia e Magalu têm investido em novas estratégias logísticas. A Casas Bahia lançou a marca CB Full para unificar operações de “fulfillment”, transporte e logística, enquanto a Magalu introduziu a Magalog. Em outubro, a Magalu e o AliExpress também passaram a comercializar mercadorias mutuamente em seus marketplaces.
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