Divulgados em live resultados da pesquisa Abralog e Afilog da França

Divulgados em live resultados da pesquisa Abralog e Afilog da França

As associações de logística de Brasil e França, Abralog e Afilog, respectivamente, debateram nesta quinta-feira, 15.9.2022, por live, os resultados de pesquisa conjunta que ambas realizaram no mês de junho passado.

Objetivo da parceria: analisar cenários após 2 anos de Covid 19, trauma ao qual se emendaram outras grandes dificuldades, como a inflação mundial, e a crise de abastecimento por conta da guerra Rússia-Ucrânia.

Segundo o levantamento, o volume de negócios aumentou para os dois lados: 64%, segundo respondentes da Abralog, e 95% de acordo com os logísticos consultados pela Afilog.

Metade de quem respondeu creditou as mudanças à pandemia. O levantamento foi coordenado pelos presidentes das duas entidades, Pedro Moreira e Claude Samson.

Pela França, participaram da live, além do presidente Samson, a professora Laetitia Dablanc, da Universidade Gustave Eiffel, e Leo Barlatier, membro da Afilog e co-fundador da Barjane, desenvolvedora francesas de condomínios logísticos.

Do lado brasileiro, o professor Hugo Yoshizaki, da Universidade de São Paulo, e conselheiro PESQUISA ABRALOG – AFILOG da Abralog, acompanhou Pedro Moreira.

Principais revelações da pesquisa:

√  Ucrânia – Para

a Afilog, foi grande o impacto da guerra na Ucrânia, na opinião de 82% dos entrevistados. Número menor, mas expressivo, do lado brasileiro: 63% dos associados.

Outros efeitos sentidos por ambos os lados: aumentos de custos em energia, materiais, preços de construção, além de atrasos na tomada de decisões, falta de visibilidade na cadeia de abastecimento e forte interrupção no comércio global.

Impacto positivo que ambos os lados notaram: aumento da demanda por estoque.

Inflação e juros – Esses dois fatos geraram alto impacto, que, segundo os brasileiros foi de 49%, e de 53%, para os franceses.

Covid e Ucrânia na cadeia de suprimento — Ambas as crises impactaram os negócios de várias maneiras, a saber: Brasil – aumento de custos logísticos e volatilidade de preços; França – volatilidade de preços e atrasos no fornecimento de suprimentos.

Detalhe: 90% dos franceses sentiram mais a escassez de recursos e peças, contra 60% dos brasileiros. Um terço de todos os entrevistados considerou o fornecimento de energia extremamente difícil.

Importante: as crises da Covid e Ucrânia ainda não afetam, em ambos os países, o nível de atividade e vendas

Real Estate — Os desafios citados no Brasil foram dificuldade de encontrar terrenos em áreas periféricas, além do aumento de custos. Na França, a queixa foi semelhante: subiram preços de terrenos, salários, materiais, bem como a dificuldade de  encontrar terrenos em áreas periféricas, o mesmo ocorrendo em áreas urbanas.

Na França, a disponibilidade de terras também é mencionada como um grande problema.

Se o lado dos desenvolvedores e proprietários ficou difícil, o mesmo foi indicado pela pesquisa na ponta dos tomadores, com as mesmas queixas: alta (de aluguéis) e dificuldade de encontrar terrenos.

Grau de digitalização e aceitação de novas tecnologias – Progressos nessa área ainda são esperados, mas 49% no Brasil, e 52% na França, acham a aceitação bastante boa (captação de 75% ou mais).

Escassez de mão de obra – A falta de mão de obra qualificada é alta. Foi sentida por 83% no Brasil, e 91% na França. Já a não-qualificada é menor – 36% no Brasil e 50% na França.

Como você veem sua empresa daqui a dois anos? — Integrantes da Abralog (45%) e Affilog (37%) se veem em uma robusta posição “4” ou mesmo “5” em dois anos. Apesar das crises atuais, poucos membros se acham em uma situação ruim.

Como a Abralog e Afilog podem ajudar? – As respostas: monitorando as mudanças macroeconômicas e regulatórias; identificando mudanças de mercado e fornecendo informações e dados; organizando eventos, incluindo de treinamento; e ainda fazendo lobby.

Por fim, os respondentes acreditam que a parceria Abralog-Afilog “agrega valor tanto para as entidades, quanto para os associados”.

Clique para ver a pesquisa na íntegra.

Fotos: Divulgação

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