LATAM Cargo aumenta capacidade de transporte entre São Paulo e Manaus
Demanda da Black Friday traz desafios à gestão de riscos no transporte
Alta movimentação comercial aumenta a exposição a roubos e furtos. Empresas investem em tecnologia e gestão para minimizar perdas.
Com 85% dos brasileiros planejando aproveitar as promoções da Black Friday, segundo pesquisa do Mercado Livre e do Mercado Pago, e uma previsão de aumento de 9% nas vendas online, de acordo com a Neotrust Confi, a data representa um pico na movimentação logística. Esse cenário, no entanto, traz desafios para a gestão de riscos no transporte de cargas, que se torna mais vulnerável em períodos de alta demanda.
Denis Teixeira, vice-presidente da Alper Cargo, especializada em soluções de proteção para transportes, alerta que, devido à pressão por cumprir prazos, muitos operadores flexibilizam processos de gestão de risco. “Essa prática aumenta exponencialmente a exposição a riscos operacionais e financeiros”, afirma Teixeira, destacando a importância de uma abordagem rigorosa mesmo em períodos críticos.
Dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo reforçam o alerta. Em 2023, dos mais de 6,7 mil casos de roubo, furto e receptação de cargas no estado, cerca de 27% ocorreram nos últimos três meses do ano, período de maior movimentação comercial. Em 2024, somente no primeiro trimestre, o número de ocorrências subiu 28% em comparação com o ano anterior, impactando negativamente a economia e a cadeia de suprimentos.
Diante desse cenário, soluções tecnológicas têm se mostrado essenciais. A Alper Cargo integra ferramentas como rastreamento por inteligência artificial, monitoramento em tempo real e alertas sobre desvios de rota. Além disso, oferece medidas como escolta armada, imobilizadores por radiofrequência e iscas eletrônicas para proteger mercadorias de alto valor, combinando tecnologia e consultoria personalizada.
“Mitigar riscos vai muito além de contratar um seguro; é preciso criar uma cultura de prevenção para garantir a continuidade das operações”, conclui Teixeira.
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