Confira os Impactos da Reforma Tributária para a Logística

Nova legislação pode trazer desafios e simplificações para o setor de logística.

A regulamentação da Reforma Tributária, que simplificará impostos e isentará itens da cobrança, foi aprovada recentemente pela Câmara dos Deputados e segue agora para análise e aprovação do Senado Federal. A nova legislação será implementada em etapas, de 2025 a 2033.

O vice-presidente jurídico da Associação Brasileira de Logística (Abralog) e sócio fundador da Dessimoni & Blanco Advogados, Alessandro Dessimoni, destacou que a logística enfrentará muitos desafios durante o longo e complexo período de transição. A unificação dos tributos e o fim dos benefícios fiscais podem levar as empresas a repensar a locação de armazéns e centros de distribuição.

Transportadores e operadores logísticos, que hoje recolhem ISS com alíquotas entre 2% e 5%, passarão a recolher IBS e CBS, com uma provável alíquota de 26,5%, um aumento significativo para o setor. Empresas que atualmente pagam PIS e COFINS, com carga tributária de 9,25%, poderão ver essa carga subir para 26,5%.

Além disso, a carga tributária sobre aluguéis e frota também aumentará. Atualmente, não há incidência de ISS sobre aluguel, mas com a reforma, haverá cobrança de CBS e IBS. Empresas que alugam caminhões ou carros sofrerão com o aumento dos preços de aluguel. O IPVA poderá ser mais caro para veículos que causam maior impacto ambiental, afetando diretamente os caminhões.

Por outro lado, Dessimoni aponta que a unificação dos tributos pode simplificar o sistema e reduzir significativamente os custos com compliance e obrigações acessórias. Para empresas que operam em várias regiões e lidam com diferentes legislações tributárias, essa mudança pode gerar economia de recursos e desburocratizar procedimentos logísticos.