Como a Inteligência Artificial pode potencializar medidas de cibersegurança?
Por Bárbara Fraga e Neylson Crepalde*
Embora os assuntos relativos à segurança da informação sejam bastantes relevantes na atualidade, é comum nos depararmos com a falta de prioridade dessa agenda entre os principais provedores de tecnologia do mundo. Algo bastante curioso, tendo em vista que um simples vazamento de dados pode causar prejuízos financeiros, além de manchar a reputação das empresas, independente de sua solidez. E essa realidade é presente no Brasil mais do que imaginamos.
Segundo levantamento da Sophos, empresa britânica desenvolvedora e distribuidora de programas de segurança, 65% das organizações brasileiras afirmam já terem sido vítimas de um ataque de ransomware — um sistema malicioso que sequestra dados de usuários e exige pagamento de resgate para liberar o acesso. Esse dado nos mostra que, por mais que o mercado tenha cuidados de proteção, ataques bem-sucedidos são cada vez mais comuns.
Além disso, os cibercriminosos se reinventam a cada dia e atualizam as técnicas de exploração de vulnerabilidades. Diante disso, a questão mais levantada entre os profissionais de tecnologia e CEOs é como se proteger desses ataques num cenário tão agressivo no qual a mudança é constante e extremamente veloz?
O primeiro ponto que precisamos considerar nesta pergunta é que, ao passo que a tecnologia é nociva, ela também pode ser benéfica dentro deste parâmetro. E a Inteligência Artificial pode ter um papel fundamental nessa guerra. Para exemplificar melhor este contexto, algumas bases de conhecimento em segurança da informação, como a MITRE ATT&CK,, definem as invasões a partir de combinações de atividades on-line e com um certo volume de requisições. Com isso, a IA consegue identificar esses padrões de maneira eficiente e rápida, com uma precisão de análise superior à capacidade humana. A partir desse mecanismo, alertas automatizados são conectados à Inteligência Artificial e começam a reagir de maneira automatizada a um ataque iminente.
Além disso, a IA também conta com modelos que detectam ameaças em tempo real, o que já é uma grande vantagem frente às tecnologias de cibersegurança, que muitas vezes não acompanham na mesma velocidade as mudanças dos novos ataques. E à medida que novas invasões acontecem, essa tecnologia é capaz de aprender rapidamente com eles, deixando o sistema e os seus dados mais seguros.
É claro que ter este tipo de serviço requer investimentos. Mas se pararmos para pensar que o investimento pode evitar um prejuízo muito maior no futuro, no que tange à reputação e à confiabilidade da empresa, talvez valha a pena adotar tal medida.
Além disso, com o uso da IA, muito provavelmente o time de profissionais será menor e, desse modo, a equipe vai estar mais focada em estratégias superiores, como, como a criação de políticas de segurança, algo muito mais benéfico aos projetos da empresa.
Podemos afirmar que a IA tem grande potencial para ajudar no combate às ameaças cibernéticas e na garantia da segurança das informações. No entanto, ela não deve ser vista como uma solução completa para estes casos e é importante adotar uma abordagem holística para proteger as informações e sistemas destes infortúnios cada vez mais sofisticados.
Isso significa que as empresas devem investir em medidas de segurança física, processos de segurança robustos e treinamento para conscientizar os usuários sobre as ameaças. Ao combinar essas medidas com o poder da IA, as empresas podem criar um ambiente seguro e confiável para seus usuários e clientes.
A A3Data
A A3Data é uma de empresa de data analytics e inteligência artificial que tem como propósito empoderar pessoas e corporações por meio de dados, transferindo know-how e fortalecendo bases para a criação de uma cultura data driven.
- Atuando como um advisor, realiza projetos de alto impacto e transformação cultural e analítica por meio da estruturação de data lakes, implantação de self-service analytics e criação de modelos preditivos.
- A empresa registrou um crescimento exponencial entre os anos de 2020 e 2022, passando de R$ 3 milhões para R$ 50 milhões no faturamento.
- Atualmente, mais de 200 profissionais atuam na organização e estão espalhados em 20 estados do Brasil, além da presença na Suécia e em Portugal.
- Entre as companhias que já realizaram projetos com a A3Data estão Stellantis, Hering, Localiza, Pif Paf, Hermes Pardini, BMG, Inter, Iveco, Take Blip, Algar Telecom, 123 Milhas, Neon, Cyrela e Afya.
- Em 2021, a Rede Mater Dei de Saúde adquiriu parte da operação da A3Data visando acelerar o desenvolvimento de inteligência em projetos da instituição.
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*Barbara Fraga é Head de Data Science da A3Data, consultoria especializada em dados e inteligência artificial, e Neylson Crepade é CDO (Chief Data Officer) da A3Data, além de professor de Engenharia de Dados e Cloud Computing na XP Educação e PUC Minas.
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