Brasil descarta até 20% das doações de sangue
Embora o Brasil esteja dentro da faixa recomendada pela OMS para doadores de sangue, uma parcela significativa das doações é descartada devido a problemas de conservação e contaminação.
Atualmente, cerca de 1,4% da população brasileira é doadora de sangue, alinhando o país com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de ter entre 1% e 3% dos habitantes como doadores. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil coleta mais de 3 milhões de bolsas de sangue anualmente. No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta que entre 10% e 20% dessas doações são descartadas por falhas de conservação e contaminação.
A Anvisa estabelece normas rigorosas para a logística de transporte de bolsas de sangue, exigindo que a temperatura seja monitorada para garantir que permaneça entre 1°C e 10°C. Essa medida é crucial para evitar a formação de plaquetas indesejadas e garantir que o sangue se mantenha em condições adequadas para transfusões.
Para assegurar a qualidade do sangue durante o transporte, operadores logísticos especializados utilizam dispositivos como o indicador de temperatura HemoTemp II, da SpotSee, que alerta quando a temperatura da bolsa de sangue excede 6°C. O HemoTemp II foi recentemente certificado pela Associação Americana de Bancos de Sangue (AABB) e pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, indicando sua eficácia e confiabilidade.
Além disso, a SpotSee, representada no Brasil pela AHM Solution, desenvolve outros dispositivos como indicadores e registradores de impactos. Esses dispositivos monitoram vibrações e movimentos bruscos que possam comprometer a qualidade das bolsas de sangue durante o transporte. “Esses dispositivos garantem que o sangue chegue em perfeitas condições aos pacientes, minimizando perdas e salvando vidas”, destaca Afonso Moreira, CEO da AHM Solution.
Foto: Divulgação