Abralog instala Comitê Jurídico e define as suas primeiras metas
Instalado em 17.8.2023, discutindo o tema Reforma Tributária, o Comitê Jurídico da Abralog já definiu suas prioridades iniciais: audiência com o senador Eduardo Braga, relator da Reforma Tributária, para expor a posição do setor de transporte e logística; participação nas consultas públicas convocadas por ele; e interação direta no Senado com políticos aos quais os associados da Abralog têm acesso.
Pedro Moreira, presidente da Abralog, ao realizar a abertura da reunião inicial, disse que o novo núcleo da entidade tem a finalidade de abrir canal de informação aos associados, além de proporcionar a articulação das demandas do setor junto à sociedade civil e os poderes, sobre aspectos jurídicos, tributários e fiscais.
Como os demais comitês, o Jurídico terá reuniões mensais, com apresentação de casos com temas definidos pelos próprios integrantes do grupo.
Alessandro Dessimoni, sócio do escritório de advocacia DBA e vice-presidente da Abralog, foi quem organizou o comitê, apresentando o tema da Reforma Tributária.
O que deu certo e o que merece atenção na Reforma
A apresentação de Alessandro Dessimoni levou a duas conclusões: os pontos positivos da Reforma Tributária e os pontos que merecem atenção.
Pontos positivos da Reforma Tributária:
- Não Cumulatividade Plena: Os contribuintes podem creditar integralmente o imposto pago na etapa anterior, exceto para bens de uso pessoal e consumo.
- Manutenção de Benefícios Fiscais: Os benefícios fiscais existentes serão mantidos até 2032.
- Simplificação e Desburocratização: A reforma busca extinguir cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS) e criar três (IBS, CBS e Imposto Seletivo) com uma legislação unificada.
- Redução de Alíquotas: Alíquotas reduzidas para insumos agropecuários, higiene pessoal, alimentos e serviços ligados à saúde e educação.
- Fim da Guerra Fiscal: Eliminação das competições fiscais entre estados e municípios.
Pontos de preocupação em relação à Reforma Tributária:
- Transição com Dois Sistemas: Preocupação com a coexistência de dois sistemas tributários durante o período de transição.
- Regulamentação da Lei Complementar: Incertezas sobre os detalhes da Lei Complementar que regulamentará os novos tributos.
- Ampliação do Fato Gerador do IBS: Ampliação da base tributária do IBS em relação à locação.
- Unificação de Obrigações Acessórias: Dúvidas sobre a unificação das obrigações acessórias.
- Ampliação das Hipóteses de Incidência do IS: Preocupação com o aumento das situações em que o Imposto Seletivo incidirá.
- Inclusão do IS na Base de Cálculo do IBS e CBS: Possível inclusão do Imposto Seletivo na base de cálculo do IBS e CBS.
- Exceções à Não Cumulatividade: Questões sobre exceções à não cumulatividade em relação ao uso e consumo pessoal.
- Critério de Destino para Prestadores de Serviço: Uso do critério de destino para os prestadores de serviços.
- Ressarcimento do Crédito: Competência da Lei Complementar para estabelecer formas e prazos de ressarcimento do crédito.
- Crédito Condicionado ao Recolhimento Efetivo: Condição de verificar o efetivo recolhimento do imposto para obter crédito.
- Restrições ao Crédito sobre Folha de Pagamento: Prestadores de serviços podem enfrentar restrições para obter créditos sobre a folha de pagamento.
Integrantes
Participaram do primeiro encontro, representantes das empresas Prestex, SDS, Gollog, G2L Logistica, Login/Tecmar, Word Courier, RD Raia Drogasil, Prates Mendonça Consultoria, GI Group, Fadel, Ptiney Bowes, Fedex, BXLog e Erea.
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