VLI e Codeba formalizam intenção de ampliar a atuação conjunta na Bahia
A VLI, empresa logística que opera ferrovias, portos e terminais, administradora da Ferrovia Centro-Atlântica, e a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), assinaram na primeira quinzena de janeiro de 2022 um Memorando de Entendimento (MOU) que ratifica a intenção de ambas as companhias em ampliar o escopo de trabalho, de forma conjunta, no Estado da Bahia. A partir de então, VLI e Codeba unirão esforços para realizarem estudos de viabilidade para prospectar possíveis novos negócios que possam agregar aos volumes que já são realizados pela operadora logística com destino aos portos baianos. “A parceria nasce da dedicação em ampliar ainda mais a matriz de cargas local e reforça o compromisso da companhia em desenvolver os setores produtivos na Região Nordeste com foco nos fluxos destinados ao litoral baiano”, afirma o gerente-geral comercial da VLI, Aroldo Cecílio.
“Esse momento é importante para o setor de logística. Nós trabalhamos todo o ano de 2021 visando essa parceria no sentido de incrementar ainda mais o número de cargas e receitas operadas nos Portos Organizados da Codeba”, afirmou a diretora da Diretoria Empresarial e Relação com o Mercado, Ana Paula Calhau.
O memorando é o mais recente avanço de uma parceria que já vem se consolidando. VLI e Codeba estiveram reunidas em setembro de 2021 para debater o cenário logístico do estado e discutir novas formas de parceria para atender aos setores produtivos locais.
O corredor Minas-Bahia, ramal logístico operado pela VLI que viabiliza o fluxo de insumos até o litoral baiano, atua como uma importante rota de escoamento para os setores produtivos em razão de uma característica singular: a vocação para o transporte de cargas gerais. O ramal conta com movimentações regulares de derivados de petróleo, cal, químicos, minério de ferro, minério de cromo, minério de magnesita (com destino ao Porto de Aratu e Minas Gerais), cimento (com destino ao Porto de Aratu) e contêineres. No Estado da Bahia, os municípios de Alagoinhas, Castro Alves, Iaçu, Licínio de Almeida, Camaçari, Brumado, Campo Formoso, Candeias (com acesso direto ao Porto de Aratu), Pojuca e Itiúba integram o mapa ferroviário regional e atuam como pontos de carga e descarga de produtos.
De janeiro a junho de 2021, a empresa movimentou pelo corredor cerca de 4 milhões de toneladas, volume 32% maior que o registrado no mesmo período do ano anterior. Nos últimos dois anos, o número de clientes atendidos pela VLI via Corredor Minas-Bahia também teve alta de 25%.
Ao longo de 2021, a VLI divulgou novos negócios com grandes empresas na região. Em maio deste ano, a companhia iniciou, em parceria com a Tora, um novo serviço de movimentação de produtos da Braskem. A nova operação combina o uso de caminhões e trens para oferecer uma alternativa mais eficiente e sustentável ao mercado. O trajeto contempla aproximadamente 1.650 quilômetros de trechos de ferrovia entre os polos industrializados Camaçari (BA) e Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). A complementação do deslocamento, executada pela Tora, via modal rodoviário, possibilita a interligação com outras cidades.
Já em julho, VLI e Bamin assinaram um contrato para garantir o fluxo de minério de ferro da Mina de Caetité, no interior da Bahia, até o TUP Enseada do Paraguaçu, litoral baiano, por onde o insumo será exportado. A operação já teve início e a movimentação estimada é de 490 mil toneladas ao longo de 2021. Para viabilizar este fluxo estão sendo investidos R$ 35,8 milhões. Entre as destinações dos recursos, estão o investimento em material rodante, a reativação do terminal ferroviário em Licínio de Almeida e a construção de um terminal de transbordo ferroviário/rodoviário em Castro Alves, onde será realizada a descarga do minério de ferro dos vagões e o carregamento dos caminhões que seguirão até o porto.
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