Mulheres ampliam presença na operação portuária da TCP

Terminal de Contêineres de Paranaguá registra crescimento de mulheres em cargos operacionais e de liderança.
No Dia Internacional da Mulher, a TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, destaca o avanço da participação feminina em um setor historicamente masculino. O número de mulheres na empresa cresceu 20% em 2024, alcançando 364 funcionárias, enquanto os cargos operacionais mais que dobraram nos últimos cinco anos, passando de 42 para 113.
Iris Ferrucy Scremim, operadora de Caminhões de Transporte (CT), trilhou um caminho de superação até ingressar na TCP. Antes de assumir a função, trabalhou em um posto de gasolina, onde abastecia os caminhões que sonhava dirigir. O incentivo de uma funcionária da empresa a motivou a tirar a habilitação e se candidatar. “Sempre observava as mulheres dirigindo os CTs e queria estar ali. Enviei meu currículo e, seis meses depois, fui chamada”, conta. Hoje, segue determinada a crescer na empresa.
Adricelly Pivato Honorio também buscou novas oportunidades. Ingressou na TCP em 2013 como operadora de empilhadeira de grande porte e, após sete anos, recebeu a indicação do supervisor para operar os guindastes pórticos (RTGs). “Era um equipamento que sempre quis conhecer. Quando chegou minha vez, fui sem olhar para trás”, relata. Agora, mira uma nova meta: operar o portêiner (STS), único equipamento do terminal ainda sem mulheres no comando.
A presença feminina também avança na liderança. Em 2024, o número de gestoras chegou a 35, um aumento de 94% em dez anos. Hoje, são 4 gerentes, 15 coordenadoras, 9 supervisoras e 7 líderes. Nos cargos administrativos, as mulheres representam 47% do quadro, e a área de planejamento e controle de operações (Planning & Control) ganhou 21 novas funcionárias neste ano.
Lígia da Luz Fontes Bahr, gerente de suprimentos, ingressou na TCP como trainee e hoje lidera quase 30 colaboradores. Para ela, a qualificação é essencial para ampliar a presença feminina no setor. “O conhecimento é algo que ninguém pode tirar de nós. O setor portuário tem muitas oportunidades para quem busca aprendizado constante”, destaca.
Washington Renan Bohnn, gerente de Recursos Humanos e Qualidade da TCP, reforça que a empresa investe na diversidade. “Nossas ações incluem treinamentos e capacitação para ampliar o acesso feminino à operação portuária. O objetivo é garantir um avanço contínuo na equidade do setor”, afirma.
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