Inflação dos ovos: IA pode ajudar supermercados a evitar desabastecimento

Alta nos preços do produto reflete crises sanitárias e demanda sazonal, exigindo planejamento eficiente.

A crise de abastecimento de ovos nos Estados Unidos, causada pelo surto de gripe aviária e pela redução da oferta, levou a um aumento expressivo nos preços. Em algumas regiões, o valor da dúzia ultrapassou US$ 11, impactando o setor de alimentos e a cadeia global de suprimentos.

No Brasil, os preços também estão subindo, impulsionados pela demanda sazonal da Quaresma e pelo aumento no custo das demais proteínas. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), o varejo já enfrenta reajustes de até 40% em algumas regiões. A nova classificação do peso médio dos ovos, estabelecida pela Portaria SDA nº 1.179, também alterou o custo-benefício para o consumidor.

Para evitar desabastecimento e perdas financeiras, a gestão eficiente de estoques e previsões de demanda torna-se essencial para os varejistas. Estoques elevados podem gerar desperdícios, enquanto estoques insuficientes resultam em falta de produtos e necessidade de compras emergenciais a preços mais altos.

Fernando Wenceslau, diretor comercial da RELEX Solutions Brasil, destaca que a tecnologia e a inteligência artificial (IA) podem minimizar os impactos da volatilidade. “Com soluções avançadas de planejamento e IA, os supermercados podem ajustar a reposição de produtos de forma estratégica, garantindo equilíbrio entre oferta e demanda e reduzindo desperdícios. Antecipar flutuações de mercado com base em dados e inteligência preditiva é fundamental para manter a competitividade”, afirma Wenceslau.

Além disso, estratégias como ajustes dinâmicos de preços, diversificação de fornecedores e redistribuição de produtos entre unidades podem reduzir impactos negativos. Com planejamento adequado, os varejistas conseguem enfrentar instabilidades sem comprometer a experiência do consumidor ou pressionar custos operacionais.