Relatório destaca uso de tecnologia e economia circular em supply chain

Estudo da TGT ISG revela avanços no setor, com foco em sustentabilidade e inovação tecnológica.

O relatório ISG Provider Lens™ Supply Chain Services 2024, produzido pela TGT ISG, evidencia como os fornecedores de serviços de supply chain no Brasil têm adotado práticas de economia circular e tecnologias avançadas para atender às demandas crescentes de rastreabilidade, especialmente nos mercados alimentício e de exportação.

Para apoiar essas iniciativas, tecnologias como blockchain, IoT e Big Data estão sendo amplamente utilizadas, promovendo maior transparência e alinhamento às práticas sustentáveis. A integração da cadeia de valor, impulsionada por inteligência artificial (IA), inclusive generativa, é outro destaque do estudo, com aplicações em logística, torres de controle e processos industriais, resultando em maior automação e produtividade.

Os fornecedores do setor têm se adaptado por meio de estratégias como aquisição de empresas, investimentos em centros de excelência, desenvolvimento de novas ofertas e capacitação de talentos. Essas ações refletem a importância do setor para a agenda global de sustentabilidade, abrangendo desde projetos de logística com avaliação de emissões de carbono até compras sustentáveis e gestão de recursos naturais na manufatura.

O relatório aponta também que, embora a sustentabilidade esteja ganhando espaço nas discussões de conselhos e executivos de alto nível, a adesão ainda enfrenta limitações devido a incertezas sobre o retorno financeiro desses investimentos. Eventos como a COP30, que ocorrerá em Belém (PA) em 2025, podem contribuir para maior conscientização e mudança nesse cenário.

A complexidade do supply chain também aumentou com o crescimento dos marketplaces e a demanda por conveniência em compras omnichannel, como retirar na loja após compra online. Esse contexto exige operações mais ágeis e flexíveis, apoiadas por profissionais da economia GIG, que desempenham papel crucial nesse ecossistema.

Segundo Sidney Nobre, analista da TGT ISG e autor do estudo, o termo “cadeia” tornou-se inadequado, sendo mais apropriado falar em “redes” ou “ecossistemas” para descrever a realidade atual do supply chain. “Somente com novas tecnologias e evolução da maturidade das empresas será possível lidar com essa complexidade e alcançar ganhos de produtividade significativos”, afirma Nobre.