Natura inaugura frota de carretas movidas a gás biometano
Empresa substitui veículos a diesel por modelos a biometano, reduzindo emissões de CO2 e otimizando logística.
A Natura iniciou a operação de sua primeira frota de carretas movidas a gás biometano, composta por 20 novos veículos que substituem os modelos convencionais alimentados com diesel. A empresa estima que essa mudança reduzirá em até 85% as emissões de gases poluentes no transporte de cargas.
As novas carretas serão usadas para transporte dentro do Estado de São Paulo, unificando o processo de coleta e entrega de matéria-prima, insumos e produtos acabados da Natura Brasil e da Avon. A frota é formada por 20 cavalos-mecânicos e 50 carretas, operando em um circuito estacionário que permite uma operação mais eficiente e com menos viagens. “Isso vai fazer o ciclo diminuir e ser mais produtivo. Com o transporte sendo mais produtivo, nós também conseguimos diminuir a quantidade de viagens e emitir menos, porque também estamos trocando diesel por biometano”, explicou Eduardo Sá, head de Supply Chain da Natura. Estima-se que os veículos farão cerca de 1.250 viagens mensais.
Anteriormente, a empresa utilizava veículos movidos a diesel que consumiam cerca de 27 mil litros por mês, resultando na liberação de até 768 toneladas de CO2 por ano. Com a nova frota, a expectativa é que o consumo seja de aproximadamente 24.400 m³ de biometano por mês, com uma redução de até 630 toneladas de CO2 em 12 meses.
Além da atualização da frota, a logística de entrega também foi reestruturada. Agora, a Natura conta com a parceria da Reiter Log, especializada em transporte e logística, para operar dentro do Estado de São Paulo. A empresa espera economizar até R$ 1,2 milhão em custos de frete com essa mudança. A escolha da transportadora considerou fatores como equipamento adequado e expertise no uso de biometano.
No futuro, a Natura planeja expandir o uso de veículos movidos a biometano para as rotas entre Minas Gerais e São Paulo, dependendo da disponibilidade de postos de abastecimento. Até 2030, a empresa visa zerar as emissões líquidas de carbono nos escopos 1 e 2 e reduzir 42% no escopo 3, conforme a iniciativa Science Based Targets (SBTi).
Fonte: Estadão
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