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Transformação Ecológica: Benefícios para o meio ambiente, sociedade e indústria
Criado para promover o desenvolvimento sustentável, o Plano de Transformação Ecológica vai incidir em diversos setores da economia, entre eles o industrial, inclusive acelerando as mudanças para a obtenção de uma economia verde nos próximos anos. Com ações já em andamento, como a emissão de títulos verdes no mercado internacional – por meio da qual o governo captou US$ 2 bilhões, o Plano conta com uma série de projetos que impactam as atividades industriais no país.
Entre os exemplos está a substituição de frotas de ônibus e caminhões movidos por combustíveis fósseis para veículos elétricos. Para investirem na viabilização desse objetivo, montadoras de caminhões já receberam R$ 100 milhões dos R$ 700 milhões previstos no Plano. Já a indústria de ônibus recebeu R$ 140 milhões dos R$ 300 milhões esperados.
Dividido em 6 eixos de atuação (Finanças Sustentáveis; Adensamento Tecnológico; Bioeconomia; Transição Energética; Economia Circular; e Nova Infraestrutura Verde e Adaptação), o Plano contém metas que já são conhecidas pela indústria, como a regulação do mercado de carbono e a descarbonização da economia. Nesta linha, estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que serão necessários R$ 40 bilhões para o setor industrial se descarbonizar.
Gerente de Clima e Energia da CNI, Juliana Falcão destaca que as ações do Plano estão alinhadas com o Mapa Estratégico da instituição. “A descarbonização é uma questão sobre a qual a CNI vem trabalhando para apoiar a indústria. Contudo, o setor vai precisar atuar em estreita parceria com o governo e de incentivos para que possa adotar ações de redução de emissões”.
Financiamento
Para viabilizar projetos que passam por novos núcleos de inovação tecnológica em universidades, extensão de áreas de concessões florestais, eletrificação de frotas de ônibus, estímulo à reciclagem e obras públicas para reduzir riscos de desastres naturais, o Plano de Transformação Ecológica prevê investir massivamente em infraestrutura.
Nessa frente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem atuado no financiamento e na disponibilização de verbas. “A gente entende que o Plano vai trazer ações concretas de investimento através do BNDES, que está na linha de frente do Plano. Ele deve ser um dos principais atores no financiamento e será muito importante para a indústria”, ressalta Juliana.
Impacto social
Outro resultado previsto para o Plano consiste na redução das desigualdades sociais, especialmente por meio da criação de empregos formais. São esperadas de 7,5 milhões a 10 milhões de novas vagas que envolvem a transformação tecnológica em segmentos como bioeconomia, agricultura e infraestrutura.
Foto: Divulgação