Amport defende a construção da Ferrogrão
A Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport) participou do Encontro Regional de Mobilização em Prol da Ferrogrão, realizado em Novo Progresso (PA) no último dia 15. O evento foi realizado em atendimento ao requerimento do senador Zequinha Marinho (Podemos – PA) em nome da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado Federal.
A construção da Ferrogrão está sobrestada até que estudos complementares sejam apresentados ao Centro de Soluções Alternativas de Litígios do Supremo Tribunal Federal (STF). A obra estruturante irá desafogar o transporte rodoviário da BR-163, fazendo a ligação do município de Sinop, no Mato Grosso, e os portos de Miritituba, no Pará, contribuindo para uma maior vazão no escoamento de grãos.
O presidente da Amport, Flávio Acatauassú, fez apresentação durante o evento, destacando os benefícios que a ferrovia trará ao país como modal de transporte complementar à BR-163. “Foi um encontro muito bom, em que pudemos discorrer sobre os benefícios inegáveis que a Ferrogrão trará para o transporte de grãos no Brasil. A ferrovia irá descarbonizar a logística atual reduzindo as emissões de CO² em mais de quatro milhões de toneladas por ano, além de gerar mais de 14 mil empregos diretos, com mão de obra a ser capacitada na região. Esses são alguns exemplos dos benefícios que a região do oeste do Pará terá com a Ferrogrão, que serão inúmeros e irão alcançar toda uma grande cadeia no país”, destacou.
Flávio também explicou que a Ferrogrão é peça fundamental para que se consiga escoar a produção do agro, principalmente milho, soja, algodão, açúcar e etanol, bem como para a movimentação de combustíveis, fertilizantes e produtos manufaturados na Zona Franca de Manaus com qualidade e eficiência.
Além disso, o executivo lembrou que a ferrovia possibilitará esse transporte com custos competitivos, promovendo geração de impostos, empregos para a população local e consequente elevação da qualidade de vida e do IDH da região do Arco Amazônico. “É preciso avançar. O país não pode mais prescindir de uma obra estruturante deste porte, que trará inúmeros benefícios não só para a região, como para toda a economia do país. Defendemos que todos os estudos sejam finalizados e tenham os seus resultados respeitados, mas é fundamental que o processo de concessão da Ferrogrão prossiga”, finalizou Flávio.
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